quinta-feira, 28 de maio de 2015

1. Vamos falar de violência? | Maringoni, Mauro Iasi e Christian Dunker


12 comentários:

  1. O vídeo debate com o jornalista Gilberto Maringoni, o cientista político Mauro Lasi e psicanalista e professor Christian Dunker não foi bem um debate, os três participantes tinham uma visão bem parecida e em minha opinião o debate não seguiu uma linha de raciocínio bem definida, isso me incomodou bastante.

    Discordo do Mauro Lasi quando este afirma que a violência da revolução popular não é uma violência, segundo ele, ela estaria um em um nível especial que ao meu entender ele quis disser que poderia ser perdoada. O mesmo Mauro Lasi também defende as táticas violentas dos Black Bloc nos protestos de São Paulo, em minha opinião essa violência não tem razão de ser, pois retira todo sentido do protesto, não foi de forma pacifica que Martin Luther King conseguiu lutar pelos diretos dos negros americanos? Pelo vídeo vi que o Maringoni tem a mesma opinião que a minha, ele também discorda do uso da violência em manifestações populares. (por ambas as partes)

    Surpreendeu-me a forma de pensar de Maringoni, que afirma que a busca por baixar os custos de produção são uma forma de violência contra a classe trabalhadora. Nunca havia pensado nisso e acredito que o mesmo está certo, há um tempo vi uma reportagem da cidade de Detroit nos Estados Unidos, onde a busca por custos baixos causou o desemprego de milhares de trabalhadores que não puderem ser absorvidos por outros setores da sociedade. No Brasil podemos pensar na quantidade imensa de trabalhadores que ganham um salário mínimo que mal proporciona o sustendo da família e com certeza não proporciona condições da pessoa habitar uma localidade que tenha uma infraestrutura digna.

    No vídeo Mauro Lasi afirma que nas cenas que os bandidos são torturados no filme Tropa de Elite plateias aplaudiram dentro do cinema. Acredito que esse comportamento é um anseio da sociedade brasileira de ver os bandidos serem punidos, infelizmente a maior parte dos crimes no Brasil não são investigados e ficam sem solução, essa situação está gerando um sentimento de ódio desproporcional, assim esse ódio é direcionado para símbolos dessa violência contra as pessoas de bem.

    Concordo com os debatedores sobre que a sociedade brasileira deve procurar uma forma de realizar uma mudança radical na sua polícia. Acredito que esse seria um bom primeiro passo para começarmos a resolver o problema na criminalidade nos grandes centros urbanos do país.

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  2. Achei o debate muito interessante, os três debatedores mostraram seus pontos de vista à respeito da violência e tudo o que cincunda esse tema baseados no livro de Zizek.
    Maringoni não concorda totalmente com a definição de Estado Totalitário descrita por Zizek porque não é levado em consideração as classes e níveis impostas dentro desse Estado, eu particularmente tenho a opnião que esse Estado está sim dividido em classes e níveis mas funciona como uma máquina, as classes e níveis são como engrenagens que trabalham juntas para fazer a máquina funcionar (que é a razão de existir de cada engrenagem), e no final podemos sim classificar isso como um único Estado Autoritário.
    Achei interessante a questão que Cristian Dunker traz a tona de que nomeamos nosso "mal-estar" como violência citando o exemplo dos black blocs, movimento que Mauro Iasi mostra claramente que apóia, justificando no meu entender de sua fala como uma inovação da maneira pacífica de fazer manifestação, não concordo com Mauro Iasi e sigo a mesma linha de raciocínio de Gilberto Maringoni que mostra que os black blocs não tem força suficiente para enfrentar o poder dominante e sua conduta serve apenas como uma provocação às forças policiais presentes.
    Mauro Iasi me fez refletir muito quando da sua fala de como lidamos com o fim da ditadura militar , tendo a falsa idéia que a democracia iria desvincular a violência do fenômeno político, quando a burguesia alcança o poder faz sentido ela querer monopolizar o uso da violência para si e abominar qualquer ato de violência contra a ordem estabelecida.Mauro Iasi diz que nesse momento ocorre a legitimação da violência.
    Não concordo com a idéia de extinção da polícia militar proposta por Mauro Iasi pelo menos enquanto houver essa desigualdade social presente na sociedade brasileira, as críticas que ele fez citando Hobbes quanto ao uso da polícia para manter a ordem debateria essa crítica citando Clastres, quando ele faz essa crítica dizendo por exemplo que a " a polícia foi contratada para evitar que eles se matassem dentro daquele ambiente" debateria dizendo que ele estava pensando como algo micro, mas Clastres nos leva a pensar em um ambiente macro, mostrando que a guerra é oposta ao Estado, e na desigualdade social o risco de guerra se potencializa.

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  3. Falando sobre o fenômeno moderno da violência que é discutido em diferentes perspectivas, através da análise do livro de reflexões laterais sobre violência. Acredito que a reação violenta que ele afirma sobre ser uma tolerância, o que torna a tolerância uma forma grave de violência, é algo que deveria ser melhor analisado, pois são ideias que se contrastam em diversos pontos, ele fala sobre uma tolerância ao que aconteceu, mas se a tolerância não fosse aplicada a favor da violência presente em tais manifestações tratadas no debate, a violência que seria resultante disso seria algo pior, então coloca-se em questão o que é a violência? Quando pode se considerar algo uma violência ou não?
    Quando ele comenta sobre a violência subjetiva, que não está apenas em casos evidentes, como imposição e consequências catastróficas sobre o sistema que comanda o país, aonde ele faz a comparação de que qualquer violência não é tão grande quanto a violência do comando, sendo a maior violência a que está presente no local onde supostamente não há violência, esse é um dos pontos chaves do debate, pouco avaliado normalmente, as pessoas perdem tanto tempo procurando pessoas que são as supostas culpadas de cometer crimes sob uso de violência que não chegam a se perguntar sobre todos os abusos que estão sofrendo pelo poder que algumas pessoas tem sobre sua própria vida e o quanto ficamos sem ação diante dessa violência.
    Toda essa violência que é apresentada após algum tempo de definições no debate é um tema a se pensar, pois há o conformismo que se observa no país, nós temos o ímpeto de achar que as coisas realmente são assim, e não há como fazer mudanças, podemos apenas aceitar, pois isso é algo normal que já se torna parte da vida, o que nos leva em mais violência abstrata que faz com que esse poder nos mantém presos visando preservar essa violência, enquanto nos preocupamos apenas em casos específicos, mesmo que a violência seja apenas uma reação, como nas manifestações recentes no Brasil.
    Acredito que mudanças radicais não necessariamente possa trazer a solução para a violência que temos hoje, como um país recente sabemos que o país ainda vai passar por muitas mudanças gradativas que farão parte da história e consolidação brasileira, então acredito que a mudança é necessária sim, mas há ainda muita coisa que precisa ser feita para que se alcance um bom objetivo que traga uma real melhoria para nós , e isso só pode vir com o tempo, pois a mudança também apresentará erros que terão que ser repensados ao longo do caminho e a adaptação será algo gradativo.

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  4. Gostei muito quando abordaram as formas de violência, principalmente a violência subjetiva e violência sistêmica. A violência sistêmica trata de uma violência extremamente brutal e invisível, mas às vezes relacionada com uma violência explícita, onde mostra a polícia "indo pra cima", sendo uma expressão menor do que a violência normal do funcionamento do sistema.
    Maringoni me deixou extremamente pensativa quando trata do tema da "violência estar onde aparentemente não existe violência, pois mantém as coisas como elas estão". Analisar mais friamente essa inércia de insegurança e combate à mesma me fez ver a realidade por trás das palavras dele
    O Mauro questiona por que "saúde, educação e segurança" continuam sendo os grandes temas, quando foram as grandes prioridades de discursos de candidatos, estas mesmas baseiam-se sempre nesse foco. Mais pra frente, é reforçado dizendo que discurso político produz segurança pra vender segurança. A reprodução dela é um tema necessariamente político. Esse argumento conclui-se tratando disso como um momento ideológico, onde a violência é essencial pro discurso de combate a ela, por isso ela é perpétua. Não se quer resolver, ela é uma expressão de uma manifestação de uma violência sistêmica.
    Mauro trata também da proposta de segurança pública ter três pontos chaves: endurecimento penal, repressão e encarceramento. Toda argumentação relativa ao tema remete à natureza do ato político: a submissão à uma realidade construída rompe com o ato político.
    Ele trata das manifestações dizendo que adquirem caráter sintético de representar pessoas vítimas de violência.
    Contextualizando tudo apresentado, ele propõe o fim da polícia militar. Eu me questiono: acabaria com a insegurança? Um argumento presente no vídeo fala sobre quando você está andando na rua e vê um carro de polícia próximo, isso, de fato, não gera uma sensação de conforto e bem estar. Subconscientemente, surge uma certa insegurança na situação. Particularmente, parto do princípio que o mundo se tornaria caótico. Há a polícia porque há a violência, mas deve-se analisar conjuntamente, o princípio. O que gera a violência propriamente dita?
    Christian diz que violências se generalizaram, desde violência de gênero e de classes até bullying. Nomear o mal estar como violência colabora pra não poder mais diferenciar os tipos de violência. Ele retoma o ponto dizendo que vivemos num estado de tolerância com a violência policial que não tem paralelo. Acompanha a hipótese de que isso tem uma relação com o histórico: a forma como "enterramos e ajustamos contas" com a violência do regime militar. Reforçando com "um trauma que não se resolve, volta".

    Com tantas exposições e propostas, surge a pauta de eliminar a violência tornando-a visível. Analisa-se como essa violência pode ser entendida de acordo com cada contexto: o filme Laranja Mecânica era pra exacerbar violência, mas essa concepção mudou da época pra hoje em dia.
    Como o filme mencionado, percebe-se que tornar a violência visível faz parte do discurso de incorporar a violência e neutralizá-la. Pode-se analisar isso com foco no racismo, menciona-se o polêmico caso de injúria racista em um jogo de futebol. Percebe-se que colocar a violência em primeiro plano e explicitá-la produz o fenômeno de repulsa, mas não contém nem inibe a violência em si. Pode-se perceber claramente que há uma inversão de valores.

    Basicamente, o debate volta ao tema de uma força que contenha as pessoas (a polícia). Mas isso é necessário devido à própria natureza humana ou do condicionamento da sociedade? A humanidade tem que tornar a coexistência o menos desagradável possível para manter a sociedade unida. Associa-se o vândalo à um doente psiquiátrico: diz-se que ele não é só uma ameaça pra sociedade, mas uma ameaça pra si mesmo, e isso reforça a ocupação da polícia.
    Apresenta-se medidas utópicas: uma medida simples e de alto impacto seria se a polícia simplesmente falasse. "Há mais carros, mais armas, mais prisões.. Tudo! Menos mais palavras".

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  5. Boa tarde!
    Analisei ao debate realizado entre os Sr.s Mauro Iasi, Cristian Dunker e Gilberto Maringoni, a respeito do livro Violência, e dentre os diversos temas destacados que abordaram a questão da violência, entendi que no momento em que ocorre o debate, existe um viés político muito forte, especialmente entre os debatedores Mauro Iasi e Gilberto Maringoni em função das suas respectivas campanhas políticas.
    Essa situação entendo que prejudicou um pouco o debate sobre temas do livro, e acabaram sendo abordados temas de maneira mais geral que envolve a sociedade brasileira como um todo.
    Em minha avaliação, vi a abordagem que efetuaram a respeito da tolerância quanto ao uso da violência, feito pelo Mauro Iasi, legitimação do uso da violência efetuado pelo Cristian Dunker e a violência relacionada ao sistema econômico e político efetuado pelo Gilberto Maringoni. Avalio serem temas realmente recorrentes e que historicamente explicam um pouco do "porque" da incidência da violência crescente e diversificada na sociedade brasileira.
    Considerei interessante a abordagem feita sobre a questão que foi discutida quanto a reflexão da segurança na vida dos brasileiros, entrando nos aspectos da violência policial, principalmente a oriunda da polícia militar, o suposto interesse do Estado na existência da violência para que exista um suposto "libertador" desta situação.
    Merece destaque também a questão que foi citada quanto ao racismo e sobre o fim da polícia militar no Brasil, mas discordo especialmente do aspecto que foi abordado quanto a isso, por entender que a sociedade brasileira nos atuais moldes não está preparada para ficar sem a disponibilidade do serviço da polícia militar, por pior e em certos momentos mal treinada que ela pareça ser.
    Entendo também que medidas revolucionárias abordadas no debate bem como as que fazem uso de violência para justificar eventuais mudanças na sociedade e rumos políticos do Brasil não condizem com o que a sociedade brasileira realmente deseja, onde notei falta de uma abordagem mais profunda sobre o que a educação de uma população como a brasileira, está diretamente relacionada com a questão da violência do Brasil (embora o enfoque fossem os temas destacados no livro tema debate).
    Esta foi a minha avaliação a respeito do tema, onde é importante ter pontos de vistas de pessoas no qual exercem formação de opinião dentro da sociedade e que na qual podemos avaliar e comparar as idéias individuais que possuímos com relação a um tema tão relevante como a violência e o que pensadores e idealistas avaliam sobre o tema.

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  6. Achei interessante o debate, pois a violência foi analisada por uma ótica oposta a da grande mídia e isso me fez pensar em relação a legitimação da violência. Quando Mauro Iasi fala da ação dos black blocs e as defende, de início me pareceu estranha a ideia de achar adequado a maneira como estes protestantes atuaram. Todavia, com o olhar mais sociológico, ele exemplifica de maneira interessante a situação com o caso da briga entre irmãos devido a um saco de jujubas. Naquele momento consegui enxergar por outra perspectiva a ação dos black blocs, pois como bem colocado, a violência foi uma das principais ferramentas burguesas para que tais pudessem se instaurar como tais,todavia quando os oprimidos, como as classes operárias ou qualquer cidadão desfavorecido socialmente age de maneira violenta , então o mesmo é tratado como vândalo e taxado como um mal exemplo de manifestante.
    Na minha opinião a violência pode ser legitimada em situações restritas e não somente como uma ferramenta coercitiva do Estado.Mesmo concordando com boa parte do que os debatedores discutiram, não acho adequada a forma violenta com que os black blocs agem, pois essa estratégia se torna ineficiente, a partir do momento que os grandes veículos de mídia os taxam como criminosos e daí então toda a ideologia por trás destes atos violentos, acabam sendo deixadas de lado e são focalizados apenas as atitudes violentas que estes tiveram e assim todo o discurso pregado pelos black blocs é ignorado, pois a sociedade não enxergam neles pessoas capazes de tentar mudar a realidade local, mas sim uma meia dúzia de desocupados que saem por ai quebrando tudo que enxergam pela frente.
    RA:21042913

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  7. Essa compreensão acerca do fenômeno da violência, com essa abordagem, se torna reveladora de uma miscelânea que nos convida a sair de um lugar comum e buscarmos entendermos a violência fora de uma dualidade estado-transgressão, e verificarmos que trata-se de uma entidade mais complexa e, certamente, multifacetada. Dentre essas faces, uma ou duas, indubitavelmente, conquistará posições favoráveis, seja em um indivíduo ou até mesmo em uma nação inteira.

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  8. Essa compreensão acerca do fenômeno da violência, com essa abordagem, se torna reveladora de uma miscelânea que nos convida a sair de um lugar comum e buscarmos entendermos a violência fora de uma dualidade estado-transgressão, e verificarmos que trata-se de uma entidade mais complexa e, certamente, multifacetada. Dentre essas faces, uma ou duas, indubitavelmente, conquistará posições favoráveis, seja em um indivíduo ou até mesmo em uma nação inteira.

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  9. A ideia de discutir a violência tendo como base o livro do Zizek é muito instigante, pois a descrição que o mesmo faz da violência se encaixa de maneira muito adequada ao que foi visto no brasil em meados de junho e julho de 2013.
    Durante o debate, um dos convidados falam a repeito do "bom" e do "mal" manifestante. Em relação ao que é taxado como mal manifestante,os black blocs mais precisamente no caso de 2013, o na época candidato a presidencia da República, Mauro Iasi, defende tais manifestantes com unhas e dentes, dizendo que se "a classe burguesa" usa a violencia para alcançar seus objetivos, porque os reprimidos também não pode usufruir dos benefícios da mesma? Eu acredito ser esta visão errônea, pois se você dar o direito a qualquer cidadão agir de maneira violenta simplesmente por estar insatisfeito viveríamos num caos eterno, onde cada um poderia agir conforme seus interesses, escusos ou não, da maioria da sociedade.
    Outro aspecto relevante tratado no debate é no que se diz a respeito da espetacularização da violência, onde muitos indivíduos se deleitam ao assistir filmes violentos, programas policiais ou coisa do gênero e o conteúdo que é explicitado causam-lhes um fascínio indescritível como no caso explicitado no debate, pessoas aplaudiram as ações sanguinolentas dos policiais no filme Tropa de elite.

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  10. O debate é sobre a violência tendo como base o livro do Zizek. Uma visão que se aproxima do tema do curso. Não concordo com o Mauro Iasi sobre o black blocs (destruir patrimônio alheio com o rosto coberto não é o que eu faria). Diferente do outro debate a Educação não foi aprofundado.

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  11. Muito interessante no debate a ideia de reação violenta e a ideia de que em uma sociedade onde você tem que brigar pela igualdade mostra o quão desigual é. O Mauro explica muito bem o porque das revoluções e como o Zyzek diferencia a violência revolucionária das outras pois se trata de uma violência necessária. A ideia de uma violência ser uma interpretação de poder onde quem o detém é quem o caracteriza o que é violento.
    O Debate mostra muito bem a violência invisível, uma violência que se quer nos damos conta mas que está presente na nossa sociedade, a violência que estrutura o sistema, através do domínio das classes sociais, cada um sabe o seu lugar e o que pode almejar. A política hoje contra a violência é um exemplo claro de todos esses problemas, políticas públicas foram tomadas sempre de maneira equivocada, visando trazer a paz através do encarceramento, repressão e outras formas violentas que o sistema se legitima.
    Em nenhum momento essa proposta ideológica é desconstruída visando traz a paz através de políticas melhores de saúde e educação.
    Essa violência subjetiva que vem à tona é uma forma de legitimar o sistema, para aumentar a repressão. A insegurança do país se reflete positivamente no sistema econômico pois uma pequena classe poderosa lucra com políticas contra essa violência, e as polícias ganham força para poder por medo na sociedade.
    O nascimento da polícia mostra que devemos nos adequar a esse ambiente violento e que qualquer indivíduo que se exceda, ou seja, se sinta desconfortável com essa violência cotidiana será reprimido pela polícia.
    Ainda nos mostram que a deia de que não existe violência até o momento em que a enxergamos deve ser desconstruída, pois somente após sua identificação se torna mais fácil o combate.

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  12. Muito interessante no debate a ideia de reação violenta e a ideia de que em uma sociedade onde você tem que brigar pela igualdade mostra o quão desigual é. O Mauro explica muito bem o porque das revoluções e como o Zyzek diferencia a violência revolucionária das outras pois se trata de uma violência necessária. A ideia de uma violência ser uma interpretação de poder onde quem o detém é quem o caracteriza o que é violento.
    O Debate mostra muito bem a violência invisível, uma violência que se quer nos damos conta mas que está presente na nossa sociedade, a violência que estrutura o sistema, através do domínio das classes sociais, cada um sabe o seu lugar e o que pode almejar. A política hoje contra a violência é um exemplo claro de todos esses problemas, políticas públicas foram tomadas sempre de maneira equivocada, visando trazer a paz através do encarceramento, repressão e outras formas violentas que o sistema se legitima.
    Em nenhum momento essa proposta ideológica é desconstruída visando traz a paz através de políticas melhores de saúde e educação.
    Essa violência subjetiva que vem à tona é uma forma de legitimar o sistema, para aumentar a repressão. A insegurança do país se reflete positivamente no sistema econômico pois uma pequena classe poderosa lucra com políticas contra essa violência, e as polícias ganham força para poder por medo na sociedade.
    O nascimento da polícia mostra que devemos nos adequar a esse ambiente violento e que qualquer indivíduo que se exceda, ou seja, se sinta desconfortável com essa violência cotidiana será reprimido pela polícia.
    Ainda nos mostram que a deia de que não existe violência até o momento em que a enxergamos deve ser desconstruída, pois somente após sua identificação se torna mais fácil o combate.

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