Na Zona da Mata pernambucana, região de canaviais que movimentam trabalhadores rurais e caminhoneiros, vive Auxiliadora, jovem de 16 anos explorada por seu avô, Heitor. O homem tem um discurso moralista mas não pensa duas vezes antes de exibir a neta nua por dinheiro em um posto de parada de caminhões. Na cidade mora o estudante Cícero, de família de classe média, que passa os fins-de-semana envolvido com álcool, drogas e orgias sadomasoquistas com as prostitutas de Dona Margarida, comandadas pelo doentio Everardo. Cícero vê Auxiliadora no posto e imediatamente a deseja, passando a segui-la pelas ruas. No campo, a moça chama a atenção do humilde Maninho, mas, apesar dela também se interessar por ele, o rapaz é afastado pelo avô e se ressente disso.
O filme, com cenas fortes e bastante explicitas, reflete sobre a condição da mulher desprotegida, abordando temas dramáticos como a prostituição ilegal e a exploração sexual de menores.
O filme retrata com um realismo impecável a situação da exploração sexual da mulher no Brasil, mais precisamente no interior de Pernambuco.
ResponderExcluirA história se baseia na exploração sexual sofrida pela garota Auxiliadora. O mentor de tal brutalidade é o avô da menina, Seu Heitor.
Este personagem logo no início da história mostra sua indignação perante o mundo moderno, a falta de moral e respeito nos seus arredores. Todavia, minutos depois Heitor leva a neta para um posto de gasolina com o intuito de desnudar a garota e deixá-la na "vitrine" para ser exibida para caminhoneiros sedentos por sexo. Portanto, evidencia-se a tamanha contrariedade de Seu Heitor, que hora reclama da vida e da falta de princípios da família e logo depois faz aquilo que estara criticando momentos antes. Claramente fica explicita a noção de que a oportunidade faz o ladrão, ou seja, apesar de reclamar aos quatro ventos da imoralidade presente em seu cotidiano, o mesmo não pensa duas vezes em usar a neta como objeto sexual com a intenção de ganhar uns trocados.
Paralelamente o filme mostra a história de um jovem de classe média, Cícero, que por influência de um de seus parentes, Everardo, vive num mundo de orgias e bacanais, onde a mulher é tratada como um objeto sexual e de exploração que caso não atenda seus anseios sexuais a mesma será violentada da maneira mais brutal possível. Há algumas cenas de estupro no filme que são chocantes e nos fazem refletir sobre a posição da mulher frente essa desumana humilhação que a mesma sofre quando se junta (não por vontade própria, mas por não ter perspectiva de futuro ou mesmo forçada, como o caso de Auxiliadora) ao mundo da prostituição.
O final do filme confirma a ideia de que por não enxergar a possibilidade de ter um futuro diferente e longe da prostituição, Auxiliadora se perpetua de vez no mundo da exploração sexual e se torna uma "profissional" do ramo.
Pessoalmente achei o filme impressionante devido a precisão e fidelidade em suas descrições, o que torna-o indigesto em certos momentos, além de atuações exuberantes de todo o elenco.
Baixio das bestas um filme que foi feito para chocar. O diretor tenta mostrar e criticar o abuso de mulheres, violencia contra o gênero, exploração de menores, prostituição infantil e a socidade machista patriarcal com cenas de violência gratuíta e sexualmente explorativas. O filme acima de tudo causa impacto aos expectadores, repulsa e desprezo mais do que faz refletir e questionar sobre um problema tão frequente a uma parcela cada vez mais expressiva da nossa sociedade.
ResponderExcluirO filme se divide em várias histórias que fazem parte da vida no agreste pernambucano, ele mostra a decadencia e podridão humana. Uma neta que e explorada pelo seu avô, prostitutas que sofrem violencia contra o genero por homens imersos numa socidade machista, é um filme perturbador para expectadores acostumados com filmes propagandistas do "lado bom da vida ". E ao final do filme o diretor mostra que a vida dos personagens ja são traçadas desde o nascimento.
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ResponderExcluirBaixio das Bestas é um filme bem pesado, com cenas marcantes e sem final feliz, que mostra principalmente o abuso sexual de menores e a violência contra a mulher.
ResponderExcluirA história central é a de uma menina, Auxiliadora, que é explorada pelo avô, moral e sexualmente, sendo obrigada a se mostrar numa em uma "praça" para ser observada pelos caminhoneiros que passam pela região.
Paralelamente, a narrativa mostra um grupo de amigos de classe média/alta cuja diversão é violentar as mulheres de um prostíbulo. Em um certo momento do filme, a história de um desses amigos e da garota explorada pelo avô se cruzam, em uma cena chocante de estupro.
O filme, assim como uma grande parte dos nacionais, é ilustrado com elementos pontuais fantasiosos como UM personagem que dá o real valor à felicidade; "o Cinema"; e o homem incumbido de cavar uma cova (esse último perdi a razão dele fazer isso. Alguém pode explicar?)
Ao final do filme, a garota acaba se tornando uma prostituta, representando a impossibilidade de uma mudança de vida num ambiente sujo como aquele.
Se não me engano a intenção dele não era cavar exatamente uma cova, mas uma fossa, haja visto que aquele local parecia desprovido de um sistema decente de saneamento.
ExcluirAto 1
ResponderExcluirNunca havia visto o filme "Baixio das Bestas", minha impressão da produção foi boa, apesar de não ver filmes brasileiros com frequência, alguns cortes me agradaram com composições de quadro usando a câmera para ir revelando e ao mesmo tempo montando as cenas, por exemplo, na sequência de abertura, onde vemos uma cena que ao abrir o quadro passa de um início de estupro presumido a uma exploração sexual simplesmente abrindo o campo da câmera, ou na cena do estupro na casa de prostituição, onde a câmera voando por cima da casa, segue a ação dentro da mesma, cômodo a cômodo, e oferece uma visão talvez mais forte que se estivesse inclinada na cama, onde seria colocada normalmente.
Sobre a construção do que acredito ser o vilão principal do filme no caso "Heitor", o pai da menina "Auxiliadora", depois da primeira cena onde ele aparece explorando a garota, o diretor corta para um diálogo que acredito representar o que de mais grave ele vê na personalidade do seu vilão, e por isso penso que ele é o vilão principal, na qual ele demonstra uma dose considerável de hipocrisia criticando a degradação moral na cidade.
Outro vilão do filme que merece nota em separado, é o "Everardo" que diferente do "Heitor", se confessa abertamente um depravado, mas mais que isso, estrela uma cena curiosa, a única do filme onde se quebra a quarta parede com a frase: "É que no cinema você pode fazer o que tu quer". Geralmente esse recurso é usado para que o personagem ou algumas vezes o diretor fale diretamente ao espectador, essa sentença é o personagem falando, ou o diretor denunciando nossa hipocrisia? Estaria ele nos chamando de "Heitor"? Essa indagação faz eco com a sequência de abertura em preto e branco, onde nos é mostrado a causa da decadência econômica recente da cidade, a transferência da usina de cana. Nós, ou nosso modo de vida somos indiretamente responsáveis por aquela realidade?
Temos ainda um terceiro vilão, o preguiçoso "Cícero", que é representado de maneira quase caricata, do jovem de classe média cercado de mimos, isso fica ainda mais claro na fala da mãe à resposta de: "Quero queimadinho em baixo" como "Fulana (empregada) prepara o ovinho dele", para um rapaz que deveria beirar os 21 anos.
Ato 2
ResponderExcluirCada um dos três vilões (o segundo ainda vou falar adiante) cometeu um tipo de estupro ou violência grave durante a projeção, do legalmente enquadrável estupro presumido de "Heitor" ao estupro de "Cícero" ou a violência sexual de "Everardo" na sequência do teatro, cada um deles abusou de uma mulher, é possível que ele tenha feito um paralelo da exploração da mulher a exploração do semi árido, haja vista a crescente quantidade de madeira retirada das imediações percebida nos caminhões de madeira durante a projeção, cada vez com mais caçambas, intercaladas por tomadas de descampados numa denúncia clara de exploração, seria um exercício interessante observar o corte das cenas dos caminhões com a das cenas de exploração sexual, pois provavelmente terão conexão.
Para falar da cena mais violenta do filme, a violência no teatro cometida contra uma personagem chamada num momento de "Dora" mas creditada em vários lugares como "Bela" (que em teoria seria a personagem que aparece na cena de estupro na casa), temos de perceber que o filme inicia seu desfecho na cena de justiçamento do pai de” Auxiliadora", e segue com ao da "Bela", que se regozijou do estupro de uma colega de prostíbulo, o que na minha visão foi a causa do pagamento à personagem, ainda que desmedido, pela sua postura frente à exploração e espancamento da colega. Sofrer uma exploração ainda pior, perpetrada por "Everardo" e projetada contra uma tela de cinema degradada.
A paga de "Everardo", quem sabe o "alter-ego" do diretor na projeção, foi acompanhar a demolição do cinema antigo, a única coisa no filme que lhe despertava alguma empatia. Por esta cena e seu simbolismo também acredito que exista uma projeção do diretor neste personagem.
O garoto "Cícero", completamente impune de seu ato, se bem que perpetrado no final da projeção, com ele fechou uma espécie de causa e efeito no filme. Pois seu ato contra “Auxiliadora" criou uma nova "Bela", e aqui faz sentido a confusão entre a "Bela" e a "Dora", pois mesmo tendo nomes diferentes, é perturbador imaginar que são a mesma pessoa.
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ResponderExcluirO filme retrata a violência sexual, não só contra adolescentes (caso de Auxiliadora), mas também contra mulheres em geral (caso de Dora e as outras "prostitutas de Dona Margarida"). Pela proposta de ser um filme bastante crítico e de denúncia, tem um conteúdo forte e chocante, não apenas pelas cenas de sexo explícito - que mais tendem a enojar o espectador do que causar-lhe algum estímulo sexual - mas especialmente pelos atos de pedofilia e estupro, dois fetiches que causam repulsa a uma grande parte dos indivíduos.
ResponderExcluirPor essas características, é um filme forte e que busca chocar o espectador, apresentando-lhe aquilo que seria mais próximo da realidade. Isso explica também a ausência de final feliz. Não é um trabalho de caráter comercial, com intuito de atingir altas bilheterias, mas sim com a intenção de causar alguma reflexão.
A temática abordada remete a um dos seminários apresentados ao longo do curso - que eu inclusive participei. Na ocasião, tratamos sobre o tráfico de pessoas. Mostramos que uma das principais finalidades do tráfico humano é a exploração sexual. Durante a discussão daquele dia, também apontamos a tese - para alguns, uma observação óbvia, para outros, nem tanto - de que pessoas em situação de pobreza e escassez material tendem a estar mais vulneráveis à exploração sexual. E não se trata apenas de "vender" o próprio corpo por iniciativa própria, mas também de sujeitar os próprios filhos (ou netos, ou sobrinhos, que seja) a esse tipo de exploração a fim de conseguir algum recurso financeiro.
O filme em questão parece corroborar a tese levantada durante o seminário, na medida em que o enredo se passa em um lugar onde a sobrevivência é dura: um vilarejo onde a infraestrutura parece não existir, o Estado mostra-se distante, e o trabalho com o corte de cana parece não ser suficiente para a subsistência. Nota-se também que os indivíduos não ficam apenas vulneráveis a prostituição, mas também à bebida e às outras drogas. Assim, creio que a crítica do diretor não recai apenas sobre alguns dos personagens - com seus vícios e desvios de caráter gravíssimos - mas também ao estado de coisas que pode ter contribuído
para moldar estes personagens como eles são. É possível interpretar que a violência da exploração sexual e da pedofilia - mais explicita e brutal - é também motivada por uma violência "primária" e sutil promovida por algum sujeito (Estado? capitalismo?), e não apenas pela má índole ou ausência de dignidade inerente àqueles vendem ou exploram o corpo de uma adolescente.
Baixio das bestas é um filme sem final feliz que visa trazer a público uma triste realidade, o abuso sexual e violência contra a mulher.
ResponderExcluirA história se passa no interior de Pernambuco e tem como personagem principal uma menina, chamada Auxiliadora, que é explorada pelo avô, que a leva a um posto de gasolina e a deixa à mostra, despida, para os caminhoneiros que ali passam.
Paralelamente a essa história, o filme mostra a vida de um jovem de classe média, Cícero, que vive uma vida regada a álcool, drogas e orgias com prostitutas, e vê, assim como seus amigos, a mulher como um objeto sexual, e não mede forças para violentá-las fisicamente caso se neguem a cumprir alguma de suas exigências.
As histórias seguem isoladamente até que Cícero vê Auxiliadora no posto, a partir deste momento passa a seguí-la, e essa perseguição acaba em um estupro.
Ao final, Auxiliadora acaba se tornando prostituta, evidenciando a impossibilidade de mudar de vida tendo em vista tudo que foi vivenciado pela personagem.
O filme choca, explicita muito bem a violência sofrida pelas mulheres e nos faz refletir muito sobre a nossa sociedade, sobre todas as formas de violência que as mulheres sofrem atualmente, e como é degradante essa situação.
A minha avaliação sobre o filme é o retrato de uma sociedade em que demonstra quantos valores são perdidos nos dias atuais, a começar-se do valor existente sobre família, no qual o próprio avô da personagem principal aplica a exploração não só sexual da sua neta, como também faz com que a mesma tenha a vida em condições similares com a de escravidão.
ResponderExcluirVejo também no filme uma questão muito forte relacionada as drogas e a bebidas, no qual, independentemente de que cenário do filme tenha sido o nordeste do país, esta cena com certeza acontece em muitos lugares, incluindo os locais mais desenvolvidos como a própria grande São Paulo.
E claro, traz a tona também que a prostituição, que "leva alegria e prazeres" aos homens, é uma das formas mais desumanas da prática de violência contra as mulheres, independentemente de ser algo "remunerado", ou não ficando estas condições claramente retratadas nas cenas de estupros e violência física praticada nas diversas cenas do filme.
Cabe também uma reflexão a sociedade como um todo, pois embora o filme tenha o foco na camada social mais pobre da grande Recife, há todo um contexto econômico a ser observado que passa pela família do personagem Cícero, que em tese possuía boas condições sociais e justamente acabava "alimentando" as vontades do filho, que evidentemente era descompromissado com coisas sérias, além da própria questão da usina e plantação de cana de açúcar perante a sociedade, no qual afeta todo o entorno do Baixio, e diretamente cria as condições para o desenvolvimento da prostituição em função do baixo desenvolvimento econômico e social do filme.
Esta é a avaliação que faço do filme, no qual avalio ser bem atual e retrata bem diversos tipos de violência bem comuns em nosso país.
o filme retrata a natureza humana atráves da pobreza de espirito e o ócio. NOs surpreende com as atitudes dos personagens e a violência explícitA.
ResponderExcluirUm filme que não tenta disfarçar e nem suavizar as coisas, ele nos choca a todo momento com suas cenas fortes.
o Diretor não amacia na hora de tratar de assuntos como: Estupro, espacamento de mulheres, exploração de menores, pedofilia, sexo explícito...
Um filme que incomoda e até da um certo nojo; A forma que as mulheres são tratadas é de uma forma repulsiva e chega ser difícil acreditar que haja gente desse jeito.
as cenas são tensas, polemicas e carregadas de muita violência. Vários tipos de violência.
" ta sentindo esse cheiro? É a podridão do mundo"
umas das frases mais marcantes do filme.
E acho que é isso que o diretor quer: Fazer nos refletir sobre toda essa podridão do mundo.
o filme retrata a natureza humana atráves da pobreza de espirito e o ócio. NOs surpreende com as atitudes dos personagens e a violência explícitA.
ResponderExcluirUm filme que não tenta disfarçar e nem suavizar as coisas, ele nos choca a todo momento com suas cenas fortes.
o Diretor não amacia na hora de tratar de assuntos como: Estupro, espacamento de mulheres, exploração de menores, pedofilia, sexo explícito...
Um filme que incomoda e até da um certo nojo; A forma que as mulheres são tratadas é de uma forma repulsiva e chega ser difícil acreditar que haja gente desse jeito.
as cenas são tensas, polemicas e carregadas de muita violência. Vários tipos de violência.
" ta sentindo esse cheiro? É a podridão do mundo"
umas das frases mais marcantes do filme.
E acho que é isso que o diretor quer: Fazer nos refletir sobre toda essa podridão do mundo.
Achei o filme forte e indigesto, porém, fidedigno quanto aquilo que se propõe, que ao meu ver é mostrar a realidade de mais um dos vários "Brasis" encontrados em nosso território nacional, ou seja, várias realidades diferentes dentro do mesmo país!!!
ResponderExcluirAchei a trama e atuação do elenco muito boas, as cenas também foram bem planejadas, como é o caso das cenas que mostram o caminho percorrido pela menina Auxiliadora em meio a plantação de cana, sem nenhuma proteção ou segurança, tinha horas que parecia que ela iria ser atacada ali mesmo.
O filme mostra uma sociedade machista que desvaloriza as mulheres (inclusive as que não estão em uma situação de vulnerabilidade como é o caso da mãe de Cícero), mostra que nessa sociedade machista a esperança de uma vida melhor é minguada pelo pensamento preconceituoso e explorador.
O filme mostra vários tipos de crimes comuns no dia-a-dia daquela região, inclusive linchamento, que foi o assunto da última aula, mostrando a ausência do Estado naquela região.
No fim do filme, infelizmente vemos que a menina Auxiliadora não conseguiu escapar do destino ao qual estava fadada, essa é a dura realidade de muitas crianças e adolescentes que são explorados nas beiras das estradas por suas próprias famílias que encontram na prostituição uma forma de ajudar no sustento da casa.
Esse filme me fez refletir sobre a o impacto positivo que programas de distribuição de renda podem ocasionar quando bem aplicados nessas regiões do país.
"Sabe o que é o melhor do cinema? No cinema tu pode fazer o que tu quer!"
ResponderExcluirE com maestria este filme mostra isso, e mostra além, porque na verdade sabemos que os fatos retratados não ocorrem somente na ficção e na imaginação das pessoas, mas são cenas da realidade de boa parte da população. Portanto, ao mesmo tempo em que choca, Baixio das Bestas faz uma denúncia ao nos mostrar diversas facetas de uma sociedade de exploração e de violência desgovernada.
A falta de liberdade, somada à objetificação (coisificação) dos outros seres humanos, o descaso e a hipocrisia, aparecem de maneira extrema nesta obra de Claudio Assis. Estas são ao mesmo tempo causa e consequência da violência apresentada no filme, e trazem a questão de se algum dia este ciclo irá se quebrar.
Nota-se claramente que o senso de poder e superioridade de alguns personagens masculinos é fator determinante nas relações de dominação e exploração sobre as mulheres. A hipocrisia está presente, mas também o ódio, que ao meu ver se consolida porque estas pessoas pouco ou nada refletem sobre a vida, sobre a realidade. Elas sempre estão à procura do prazer imediato, e muitas vezes vêem a violência como forma mais fácil e direta de conseguirem seus "objetivos".
Desta maneira, o filme para mim é um filme-denúncia de uma realidade presente que muitas vezes é ignorada. Ele não dá respostas, mas mostra que existe um ciclo vicioso em que a violência se instala, cabendo a nós pensar nas melhores formas para quebrá-lo. Será que um dia conseguiremos? É para isso que estamos aqui estudando ética, para problematizarmos a ordem vigente na sociedade e buscarmos boas soluções, portanto, espero realmente que sim!
A minha visão mostra apenas uma simples visão da realidade que temos hoje em dia no país, no filme mostrado como se fosse algo horrível e apelativo, mas que acontece em tantos lugares de forma tão comum, que não acho que considerar isso uma violência seja o certo, pois as pessoas apenas se submetem e não lutam contra isso, porque não o consideram algo ruim, simplesmente é uma maneira de levar a vida, e todos estão acostumados e bem confortáveis com essa vida. Acredito que a tentativa de usar de polemicas para lançar um filme não cabe a este caso, pois sito que por mais que as pessoas procurem demonstrar algum tipo de choque ao assistir algo do tipo, não temos histórias incríveis e criativas, mas apenas uma realidade que vemos todos os dias, ou ao menos sabemos que existimos sem fazer questão de mudar, o que realmente não é uma necessidade, pois de que adianta mudar alguém que está feliz ou conformado com essa vida e não quer mudar, se uma situação como essa muda é apenas por status e propaganda de quem o fez, nada vai mudar e ninguém quer ser mudado, meio estranho para alguns, mas simplesmente aquilo que as próprias pessoas escolheram.
ResponderExcluirNão acredito que realmente haja um motivo claro para que o filme tenha sido feito, acredito que toda a história por detrás da vida das personagens é apenas algo comum usado com a finalidade de usar algo que possa causar comoção nas pessoas que realmente acreditam que essas cenas acontecem contra a vontade das pessoas, e procurar nesse público uma audiência que dê lucro ao filme, que pode não ser a única intenção, mas acaba sendo um fator importante não só nesse mas em todos os filmes que analisamos durante o curso, pois devido a orçamentos e gastos de produção, até para poder refletir o próprio sucesso do filme, o que realmente vale aqui não é uma intenção, é ter qualquer coisa que chame a atenção e se obtenha lucro financeiro, que é o real objetivo da indústria de mídias, então acredito que apenas o interesse lucrativo é o real motivador desse filme, não mostrar nada a ninguém, porém usando-se dessa falsa intenção na frente das câmeras.
A minha visão mostra apenas uma simples visão da realidade que temos hoje em dia no país, no filme mostrado como se fosse algo horrível e apelativo, mas que acontece em tantos lugares de forma tão comum, que não acho que considerar isso uma violência seja o certo, pois as pessoas apenas se submetem e não lutam contra isso, porque não o consideram algo ruim, simplesmente é uma maneira de levar a vida, e todos estão acostumados e bem confortáveis com essa vida. Acredito que a tentativa de usar de polemicas para lançar um filme não cabe a este caso, pois sito que por mais que as pessoas procurem demonstrar algum tipo de choque ao assistir algo do tipo, não temos histórias incríveis e criativas, mas apenas uma realidade que vemos todos os dias, ou ao menos sabemos que existimos sem fazer questão de mudar, o que realmente não é uma necessidade, pois de que adianta mudar alguém que está feliz ou conformado com essa vida e não quer mudar, se uma situação como essa muda é apenas por status e propaganda de quem o fez, nada vai mudar e ninguém quer ser mudado, meio estranho para alguns, mas simplesmente aquilo que as próprias pessoas escolheram.
ResponderExcluirNão acredito que realmente haja um motivo claro para que o filme tenha sido feito, acredito que toda a história por detrás da vida das personagens é apenas algo comum usado com a finalidade de usar algo que possa causar comoção nas pessoas que realmente acreditam que essas cenas acontecem contra a vontade das pessoas, e procurar nesse público uma audiência que dê lucro ao filme, que pode não ser a única intenção, mas acaba sendo um fator importante não só nesse mas em todos os filmes que analisamos durante o curso, pois devido a orçamentos e gastos de produção, até para poder refletir o próprio sucesso do filme, o que realmente vale aqui não é uma intenção, é ter qualquer coisa que chame a atenção e se obtenha lucro financeiro, que é o real objetivo da indústria de mídias, então acredito que apenas o interesse lucrativo é o real motivador desse filme, não mostrar nada a ninguém, porém usando-se dessa falsa intenção na frente das câmeras.
O fato que mais incomoda em todo o filme, é imaginar que cenas como aquelas realmente acontecem à quilômetros dos grandes centros urbanos, em regiões de miséria, além de se sentir desconfortável com o aspecto humano exibido. Próximo ao final do filme, em uma cena de canais pegando fogo, talvez o diretor quisesse com isso deixar nas "entre linhas" que aquilo tudo aquilo seria um inferno.
ResponderExcluirA história se passa em um ambiente um tanto quanto abandonado filme, com cenas fortes e explicitas. Mostra a condição da mulher desprotegida, quando o próprio avô expõe sua neta nua, ainda jovem. O filme tenta mostra com isso a exploração sexual de menores, e em outras partes do filme, também frisa a prostituição ilegal.
Em outro cenário do filme, o diretor mostra o lado da vida de Jovens de classe média alta, que são de uma região próxima à citada anteriormente. Estes sempre estão promovendo orgias em um prostíbulo, regadas à álcool, drogas e violência.
É nítido a intenção do filme em mostrar a realidade de certas regiões brasileiras, sem hipocrisia, com a verdade escancarada em cada cena do filme.
Chocante.
ResponderExcluirO filme retrata um cenário onde há abuso, hipocrisia, drogas, prostituição...: violência em suas mais variadas possibilidades.
Interessante destacar que, apesar de se passar um ambiente não comum para a maioria da população, o filme mostra que esses problemas não são restritos a zonas regionais ou classes sociais específicas.
Já é do conhecimento de qualquer indivíduo minimamente informado que todo o cenário apresentado no filme é uma descrição de uma dura realidade que ocorre fora do universo cinematográfico, apesar de ser tão ausente do nosso campo de visão, o que exige que haja sempre um meio de denúncia, a exemplo desse filme.
Entretanto (não que tal fato seja negligenciado), expor essa situação caótica ao público faz com que o telespectador sinta o peso das circunstâncias, gerando um certo desconforto e inconformabilidade.
“Ta sentindo um cheiro estranho? É a podridão do mundo. ” Este filme, de fato, não é recomendado para quem tem estômago fraco. Para retratar sobre temas polêmicos, como a exploração de menores, tráfico de mulheres, machismo, agressão, dentro outros, ele irá apresentar cenas fortes e marcantes de sexo explícito, depilação feminina íntima, estupro, pedofilia, espancamento de mulheres e outros. É um filme chocante, principalmente por ter alguns excessos, mas que irá mexer com muitos, irá deixar uma impressão de nojo e até desagradar. Algumas cenas até irão dar um soco direto na cara da classe média brasileira. É um filme tenso, muito violento e, como de esperado, polêmico. Ele para chocar e não tapar o sol com a peneira. Nele, a crueldade ela vem de forma inevitável. E nenhum homem escapa na região da Zona da Mata de Pernambuco retratada neste filme.
ResponderExcluirProstituição, abusos e machismo são retratados de forma crua neste filme de Claudio Assis. Os pudores são deixados de lado numa obra visceral e dura. Com uma narrativa polêmica, Baixio das Bestas dialoga de forma honesta com uma realidade pesada. O lado grotesco das ações vividas no filme é reforçado para que hajam reflexões: e atingem o propósito Mostra uma realidade torpe e nojenta que precisa ser combatida: infelizmente é algo existente em nossa sociedade.
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ResponderExcluirEm Baixio das bestas podemos ver Auxiliadora, ser explorada pelo avo Heitor e o jovem estudante Cícero, envolvido com álcool, drogas e orgias com as prostitutas, juntamente com o doentio Everardo, Neste filme vemos que mesmo em uma pequena cidade de Pernambuco podemos ter toda a violencia de uma cidade grande. Espancamentos, atropelamento e até ficar atirando são partes da rotina de Everardo e Cícero. Cícero é um bom rapaz para sua mãe, e demonstra não ter problemas com limites, enquanto que Everardo questiona e critica a sociedade, desistindo dos estudos e questionando os pobres e a própria familia. Heitor tem a neta como propriedade ele acredita e faz-se acreditar que faz tudo para o bem da moça. Maninho é o bom moço que faz o seu trabalho, construindo a fossa da cidade, ele ve essa relação doentia do avo com a neta e tenta de alguma forma conquistar Auxiliadora.
ResponderExcluirO desejo por dinheiro ou prazer extremo mostram que todos envolvidos se tornam parte da violencia, onde o alcool e as drogas estão presentes como fator que potencializa cada ato de alguns personagens.
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ResponderExcluirUm filme bem sucedido na intensão de chocar seu público. Nele, Cláudio Assis, procura mostrar as mazelas de uma sociedade esquecida pelas autoridades e elites. Não existe preocupação alguma com pudor ou regras sobre classificação de comportamentos. Deve-se escancarar a realidade crua e a crueldade que quem está inserido neste cenário de podridão está submetido. Drogas, álcool, prostituição, violência exacerbada, principalmente contra a mulher, ganância, sexo e erotismo sujos e excessivos tornam esse filme uma pancada na face da sociedade.
ResponderExcluirUm filme bem sucedido na intensão de chocar seu público. Nele, Cláudio Assis, procura mostrar as mazelas de uma sociedade esquecida pelas autoridades e elites. Não existe preocupação alguma com pudor ou regras sobre classificação de comportamentos. Deve-se escancarar a realidade crua e a crueldade que quem está inserido neste cenário de podridão está submetido. Drogas, álcool, prostituição, violência exacerbada, principalmente contra a mulher, ganância, sexo e erotismo sujos e excessivos tornam esse filme uma pancada na face da sociedade.
ResponderExcluirÉ inegável que Baixio das Bestas é pesado, ou seja, o clima que o diretor Cláudio Assis consegue criar no filme é algo que consegue afetar o emocional do espectador. No entanto, achei que essa tentativa é um pouco “forçada” demais, então acaba ficando algo surreal, um pouco fantasioso, realmente fora da realidade, e acaba saindo um pouco do propósito do filme. As cenas explícitas mostram a que ponto chegou a degradação humana em virtude de uma tentativa de busca de uma vida melhor, mas o que não se vê é que essas mesmas tentativas, na verdade, afastam o indivíduo cada vez mais de uma vida decente. Mas levando em consideração essa questão surreal do diretor, nos faz refletir se essas condições mostradas são reais, ou apenas situações exageradas, com o intuito de causar impacto no filme. Acho que fica essa reflexão.
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ResponderExcluirAssim como foi dito em todos os comentários, o filme é extremamente pesado, se tornando, inclusive, desagradável acompanhá-lo em alguns momentos. É do conhecimento de todos que este tipo de abuso, principalmente em relação à mulher, é frequente nas regiões mais pobres do pais, porém não sei até que ponto a exposição explícita de tais atos colabora para a solução do problema (embora esse não tenha sido o objetivo do diretor).
ResponderExcluirUm pouco que me provoca bastante angústia é em relação a culpabilização da vítima e ciclo sem fim determinado pelo meio em que se encontra a personagem principal Auxiliadora. Em uma das ultimas cenas, após ter sido abusada por seu algoz, a menina ainda sofre uma repressão do avô, que passa a julgá-la impura, assim como os outros do Baixio (embora ele mesmo não fosse um exemplo de moralidade, sendo bastante hipócrita). Acredito que esta questão da culpabilização da vítima é bastante tocante pois pode ser trazida para a nossa realidade, onde muitas pessoas, principalmente mulheres e outras minorias, são culpabilizadas das violências às quais são submetidas, enquanto deveriam ser acolhidas e reconhecidas.
JULIA ROCHA GOUVEIA RA 11037709
Assim como foi dito em todos os comentários, o filme é extremamente pesado, se tornando, inclusive, desagradável acompanhá-lo em alguns momentos. É do conhecimento de todos que este tipo de abuso, principalmente em relação à mulher, é frequente nas regiões mais pobres do pais, porém não sei até que ponto a exposição explícita de tais atos colabora para a solução do problema (embora esse não tenha sido o objetivo do diretor).
ResponderExcluirUm pouco que me provoca bastante angústia é em relação a culpabilização da vítima e ciclo sem fim determinado pelo meio em que se encontra a personagem principal Auxiliadora. Em uma das ultimas cenas, após ter sido abusada por seu algoz, a menina ainda sofre uma repressão do avô, que passa a julgá-la impura, assim como os outros do Baixio (embora ele mesmo não fosse um exemplo de moralidade, sendo bastante hipócrita). Acredito que esta questão da culpabilização da vítima é bastante tocante pois pode ser trazida para a nossa realidade, onde muitas pessoas, principalmente mulheres e outras minorias, são culpabilizadas das violências às quais são submetidas, enquanto deveriam ser acolhidas e reconhecidas.
JULIA ROCHA GOUVEIA RA 11037709
Machismo, prostituição e violência contra a mulher são os núcleos norteadores que servem como base para que se faça uma discussão crítica sobre a violência que o filme aborda. A imposição de valores morais de origem machista da sociedade pernambucana (e é claro que não apenas esta) culmina nos principais trechos violentos do filme. O avô da menina Auxiliadora, o velho Heitor, trás consigo uma personificação do machismo exposta por seus valores morais, caracterizando-o como uma espécie de carcereiro da garota e também quase como um cafetão.
ResponderExcluirNão bastasse a figura do avô da menina, o que mostra que a violência está presente na ideologia daqueles homens, o jovem de classe média Cícero também trás consigo essa veia violenta. A imposição sexual do garoto por meio de suas exigências deve ser cumprida, sob pena de agressões e até mesmo estupros (que podem ser coletivos), numa forma de violência brutal tanto corporal quanto moral. As cenas são extremamente desconfortáveis de se assistir, mas servem como panorama para as reflexões e desconstruções da ideologia machista enraizada na sociedade brasileira.
O filme se passa no Baixio, localidade no interior de Pernambuco que vive o declínio da economia canavieira, onde transitam prostitutas, pedófilos e rapazes de classe média misóginos. A sexualidade e suas perversões (violentas ou não), são exibidas clara e abertamente. O filme desperta no expectador várias sensações, como a exploração a que é submetida Auxiliadora por seu avô Heitor. O avô despe a neta para uma plateia de caminhoneiros por uns trocados. Mas, fica clara a intenção do diretor: “o repúdio e a ânsia” são mais do que propositais, além de ser uma critica social e de valores humanos muito forte.
ResponderExcluirHá algum tempo não assistia um filme de tal densidade, tanto de conteúdo quanto em relação à construção da arte em si; existe uma atmosfera pesada, um gravitacional que pode chocar o espectador através da realidade e do nível de degradação da sociedade. De fato, aspectos da prostituição, discriminação e da violência são apenas facetas da “podridão do mundo”, que são explicitadas ao longo do filme. Enxerguei através do “Baixio das Bestas” uma narrativa crítica acerca da situação do homem e seu comportamento na tentativa de melhorar de vida, ao passo diametralmente oposto em que é retratada uma decomposição da moral humana, tão impactante que até coloca nosso senso de realidade em cheque.
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