quarta-feira, 5 de agosto de 2015

8. Bastardos Inglórios

Bastardos Inglórios de Quentin Tarantino

2ª Guerra Mundial. A França está ocupada pelos nazistas. O tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo é matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível. Paralelamente Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz), o que faz com que fuja para Paris. Lá ela se disfarça como operadora e dona de um cinema local, enquanto planeja um meio de se vingar.


29 comentários:

  1. É um filme que retrata a 2ª Guerra Mundial onde a França está ocupada pelos nazistas. O tenente Aldo Raine é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo é matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível.
    Neste contexto a violência é tida como correta, onde matar é necessidade. A guerra não é moral.
    É nesta tensão que o filme se desenvolve e nos mostra uma outra visão da guerra.
    É quase prazeroso quando vemos as derrotas e perdas por parte do exercito nazista, vide a cena de vingança onde grande parte dos nazistas são queimados no cinema.
    É um filme muito bom e eu recomendo. Faz a gente refletir sobre ética e violência na guerra.

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  2. É um filme, que de certa forma, faz você torcer pela violência.

    Por saber de toda a história da segunda guerra, a gente acaba torcendo para que os Judeus sejam tão violentos com os nazistas. como eles foram com os judeus.
    apesar de ser uma história fictícia, você acaba tendo um certo prazer com a vingança dos judeus.

    A visão de que poderia ter grupo que colocava medo no exercito nazista é interessantíssima.

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  3. Bastardos Inglórios mostra as várias faces da violência e as razões que podem, de certa forma, justificar a mesma.
    Vingança e poder são os combustíveis desse memorável filme. Atuações incríveis, principalmente de Hans Landa (Christoph Waltz) deixa evidente que o ser humano é capaz de lidar com a violência como uma ferramenta que poderá ser justificada através da realização dos nossos objetivos.
    Por outro lado, Aldo Raine (Brad Pitt) ao reunir um pelotão para combater os anseios nazistas é movido pela vingança e pelo desejo de fazer os nazistas sofrerem tudo aquilo que eles proporcionaram a terceiros.
    O desfecho fantasioso do longa metragem é bem diferente do que ocorrera ao fim da 2ª Guerra Mundial. Com o teatro lotado por nazistas, a menina do início da história, Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent), que foi a única sobrevivente da matança de Hans Landa no início do filme, arquitetou a sua vingança depois de tanto tempo, em pleno evento onde era exibido um filme exaltando a matança realizada por um dos soldados alemães. Essa cena é significativa, pois fica claro o culto que os Nazistas tinham pela ação violenta com o intuito de dominação e superioridade perante aos demais povos.
    A morte de Hitler também é outra cena marcante devido a tamanha raiva e ódio com que o rapaz atirava no líder alemão.
    RA;21042913

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  4. Infelizmente tivemos problemas técnicos e não conseguimos exibir o filme no "CineKlubrick". É fácil, porém, encontrar o filme na rede, mesmo em versões "oficiais":
    https://www.youtube.com/watch?v=Fwt4279rA8Q

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  5. Bastardos Inglórios é, para mim, um dos melhores filmes de Tarantino. Ele facilita a compreensão da história do filme, porque reduz (não de maneira ruim) os seus personagens a estereótipos específicos: Aldo Raine (Brad Pitt) como um caipira sulista e a Shosanna Dreyfuss (Melanie Laurent) como uma típica francesa dos anos quarenta.
    É verdade que o filme exagera na intensidade das cenas e o final é diferente do que aconteceu na realidade, porém, o mais interessante é perceber que o diretor criou o Coronel Hans Landa (Christoph Waltz) como um personagem tão perfeitamente mau, que atua tão bem como alguém tão ruim que é impossível não ter ao menos vontade de torcer por ele. Isso para mim é a parte mais fascinante, pois parece como uma crítica sutil de como uma figura com atitudes tão violentas e genocidas, mas ao mesmo tempo tão carismática, consegue conquistar os outros.
    Mariana Donnini RA: 11108113

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  6. Violência típica dos filmes do Tarantino, que parece não se preocupar com limites, o que faz com que a gente possa sentir como foi o período da Guerra, no qual a violência era cotidiana e não estava apenas reservada aos campos de batalha. Temos conhecimento de tantas atrocidades que foram cometidas nessa época que já começamos a assistir o filme sendo totalmente partidários e com altas expectativas de termos uma resposta dessas atrocidades aos nazistas, mesmo que cinematográfica. E o Tarantino, claramente, não decepciona.
    O que tornou, pra mim, o enredo ainda mais emocionante, foi a inovação no fato de termos ênfase numa trama sadicamente vingativa traçada por uma mulher judia.
    Considerando-se que temos como consenso a violência como uma coisa ruim e prejudicial, essa não é a sensação que o filme transmite. Surpreendentemente, acabamos torcendo pelo desenvolvimento desta.

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  7. O filme é espetacular, logo no inicio mostra um educado Coronel Hans Landa que assassina uma família inteira de judeus sem remorso algum. Falando um pouco do personagem do coronel, ele lembra o diabo descrito nas minhas lições de catequismo, tem uma fala amiga, muita educação, contudo esconde sua verdadeira natureza até que seu oponente não tenha chances de escapatória.

    Os bastardos da minha opinião são assassinos frios e cruéis, aquele tipo de pessoa que agradecemos por estar do nosso lado. Além da violência física executada pelos bastardos eles infligem ao lado alemão uma grande ameaça psicológica e uma esperança de “justiça” aos que foram injustiçados.

    O grande final do filme foi uma grande carnificina, na hora que estamos vendo podemos ser levados a pensar que a justiça estava sendo feita, contudo ao analisar melhor percebemos que todos foram massacrados sem misericórdia e provavelmente nem todos eram contribuintes do partido nazista (será que não mereciam um julgamento?), inclusive as mulheres que estavam no cinema também foram assassinadas.

    O filme retrata uma violência “permitida” para os ganhadores da guerra, será que se os japoneses (para não falar dos alemães) fizessem um plano para matar todo o estado maior americano o plano seria enxergado da mesma forma heroica? Acredito que não.

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  9. Vemos no filme uma violência tensa e "tradicional", uma violência psicológica, uma violência "espetacular". A tensão ocorre quando da perseguição aos judeus camponeses na França, quando uma família inteira morre a rajadas de rifles mesmo escondidos no assoalho de uma casa simples nos campos da França, a exceção de uma menina que escapa mas não estaria livre da violência.

    Passado um certo tempo na história, aquela menina tem um encontro inesperado com o assassino da sua família em um café e neste momento sofre a violência psicológica e emocional, já que ela o reconhece mas ele não. A mesma é obrigada agir normalmente diante daquele que ceifou sua infância. O choro dela ao se despedir do seu assassino após o mesmo comer sua torta doce, evidencia a violência sofrida.



    No outro lado temos o "grande jogo de beisebol" quando um dos judeus do pelotão dos bastardos serve como um último recurso dos judeus para arrancar informações de um capturado nazista. A negativa em obter as informações desejadas culmina com um show de tacadas onde a bola é a cabeça do nazista, que quica no chão várias vezes.

    Essa violência em forma de entretenimento tempera a empatia que temos ao ver que os judeus estão fazendo a sua justiça a seus mais de milhões de irmãos mortos e a torna até certo ponto justificada.

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  10. Como filme, acredito que os comentários podem ser dispensados, como fator de crítica, acredito que a visão de Tarantino, além de mostrar toda uma revanche, com o sentimento de vingança presente nos judeus, acaba nos mostrando de maneira clara que tudo o que acontece não mudaria nada do que realmente aconteceu, a história mudaria de ponto de vista mas não de crueldade, tudo o que se passa no filme são apenas ações humanas que acontecem com diferentes pessoas, a mensagem acaba soando como o homem a favor dessa carnificina, simplesmente porque teoricamente seria algo "merecido", então encontra-se a justificativa para tudo que acontece, e tudo é considerado certo perante os espectadores independente de toda a crueldade que está acontecendo, isso prova que independente de judeu, nazista, ou abrangendo outras etnias, podemos mostrar que em todos nós a forma e desejo de fazer violência está presente e nada teria mudado se a situação fosse inversa, a crueldade depende somente da oportunidade e da aprovação das pessoas, pois aqui e mesmo na vida real as pessoas simplesmente apoiam esse tipo de atitude, mostrando o tipo de ser que somos.

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  11. Após ver o filme, pesquisei pra saber o que exatamente tinha de real nessa estória, e descobri na seguinte reportagem que haviam sim focos de resistência, guerrilhas espalhadas pela Europa (http://super.abril.com.br/historia/os-verdadeiros-bastardos-inglorios).
    Creio que o tamanho da violência exposta em algumas cenas - tipo arrancar o couro cabeludo, ou marcar a testa do sujeito com uma faca, entre outras coisas "dificeis de ver" - serve para mostrar nível do ódio dos judeus contra os nazistas. Em uma das cenas finais, esse ódio fica bastante claro quando um dos "bastardos", durante o massacre no cinema, atira sem piedade naquele que parece ser Adolf Hitler, que mesmo depois de morto continua sendo metralhado.
    Entretanto, para não gerar no espectador a ideia de que talvez a crueldade dos judeus era desproporcional, o diretor também inseriu cenas onde os nazistas matavam sem piedade judeus inofensivos e frágeis (incluindo mulheres e crianças, como ocorre na primeira cena do filme).

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  12. Bastardos Inglórios é um filme que ao mesmo tempo é cruel, não perde o humor. O filme se passa na segunda guerra mundial e o diretor, Tarantino,tenta igualar os dois lados da guerra, fazendo que tanto os " bastardos" quanto os nazistas cometam atrocidades sem sentido. A violência "gratuita" é uma marca dos filmes de Tarantino e nesse filme, os espectadores além de aceitar acha merecido as crueldades cometidas contra os nazistas, por tomar as dores dos judeus e se sentirem vingados. Mas pagar violência com violência é se igualar a eles e nos torna tão monstruosos como eles foram.

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  13. O filme tenta mostrar formas para justificar a violência, vivida na segunda guerra, como por exemplo, o grupo americano que é formado para matar Nazistas, que como mencionado nos comentários acima, chega à ser de certa forma, divertido. Mas não deixa de ser violento e frio, todas as matanças que ocorrem durante o filme.

    O filme é divido determinados atos, e conta simultaneamente as histórias dos Bastardos (soldados americanos e alguns judeus) e de Shoshanna, uma garota de uma família de Judeus, e única sobrevivente de um ataque nazista. O filme gira em torno destes dois cenários.

    Apesar de fazer relação aos conflitos entre Nazistas e Judeus, o filme é baseado em fatos fictícios. Toda a história contada, como supostamente a morte de Hitler em um incêndio no cinema da própria Shoshanna (causado propositalmente por ela, e em seguida soltadas bombas pelos bastardos), não foram baseadas em fatos reais, acontecidos durante o período da Segunda Guerra.

    É um filme bastante eletrizante, onde o diretor não abre mão de fortes cenas de ação, bem como as trilhas sonoras que parecem predizer as mortes que irão ocorrer.

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  14. É bastante interessante a forma como Tarantino "brinca" com as sangrentas e espalhafatosas cenas de ação em seus filmes e em Bastardos Inglórios a abordagem não é muito diferente dos demais filmes deste grande autor.

    O filme provoca no espectador em um sentimento de revanchismo motivado pela violência proporcionada pelos nazistas no contexto da Segunda Guerra Mundial. É interessante, pois em geral, tal como comentado pelos colegas acima, há um sentimento de concordância com a violência apresentada contra os nazistas no filme.

    As cenas violentas presentes ao longo do filme poderiam em um contexto diferente trazer um sentimento de náusea e/ou angústia em um expectador, entretanto Tarantino apresenta de forma explícita a violência em determinadas mortes, porém as torna de certa forma cômicas e marcantes.

    O mais interessante é a expectativa que é criada para o final do filme, pois o espectador não sabe ao certo se o autor vai ser fiel à história real ou se criará algum outro final inesperado. E mesmo para aqueles que já esperam que Tarantino tenha criado um final irreverente acabam sendo surpreendidos na maneira em que é exposta.

    Filme simplesmente genial! Principalmente pelos mais diversos sentimentos que gera em quem o assiste.

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  15. Quando assisti pela primeira vez este filme, por se tratar do diretor Tarantino e por já ter em mente o filme Kill Bill, acreditei que seria um filme bem sangrento tratando sobre a segunda guerra mundial. No entanto, este filme se diferenciou. Ao invés de só lutas e sangue, existe uma violência intrínseca nela, algo que prende o espectador e que faz com que queiramos mais violência ainda. Ao menos, foi assim que me senti. É um filme que nos faz odiar ainda mais as brutalidades feitas pelos nazistas, mas também mostra que houverem brutalidades no mesmo nível feita com eles. É interessante retratar sobre este lado da guerra. E não só violência, existe um pouco de ironia e sarcasmo no filme que o deixa mais intrigante. E também, o que me chamou a atenção, foi que o filme não focou tanto no Füher, mas sim no Ministro da Propaganda do Terceiro Reich, mostrando ainda mais que o ponto forte do nazismo não era sua força bruta e a violência, mas sim a propaganda, que difundia esse pensamento e atraia cada vez mais adeptos. Bem, por fim e na minha opinião, é um dos melhores filmes que retrata sobre esse evento histórico, mostrando ambos os lados da guerra e como era a verdadeira violência por trás dos campos de batalha. Um filme intenso e tenso em que os atores nem precisam de muita fala, mas sim de ações.

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  16. Bastardos Inglórios é considerado um dos melhores filmes de Quentin Tarantino. Com um elenco de ponta, e ainda com algumas boas surpresas, o longa se passa na época da Segunda Guerra Mundial, e mistura diversas culturas, como pode ser observado nas diversas línguas faladas pelos personagens (inglês, francês, alemão e italiano), bem como na trilha sonora que vai de Ennio Morricone a David Bowie.

    Como é característica do Quentin, o filme dá um enfoque na violência (não poderia ser diferente, já que retrata a época sangrenta da segunda guerra), mas as cenas explícitas podem chocar os espectadores desavisados, como na cena em que o soldado é fortemente golpeado na cabeça, numa tentativa de evidenciar ao público que a crueldade se torna algo natural no ambiente retratado. Inclusive essa característica já é intimamente vinculada a Tarantino, e apesar de causar controvérsias, é indiscutível que ela nos faz refletir em torno da questão da naturalização da violência em nosso cotidiano.

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  18. Bastardos Inglórios retrata uma utópica história ocorrida na Alemanha no período da segunda Guerra Mundial.
    Aldo Raine, personagem de Brad Pitt, é um tenente americano que planeja vingar-se de todo mal que os nazista fizeram, e única maneira que escolhe para tal é executar todos os nazistas que aparecerem em sua frente ou do seu pelotão formado por judeus.
    O filme se desenrola de uma maneira nada convencional. O longa é dividido em capítulos, coisa que pessoalmente nunca havera assistido,o que proporciona uma dinamica muita elaborada e empolgante para o filme.
    O filme, simplesmente pelo tema que é tratado, é sanguinolento. Tanto nazistas, como os contrarios a esta ideologia, utilizam dos mais crueis métodos para levar vantagem em relação aos seus oponentes. Aldo Raine, por exemplo, tinha o hábito de marcar a testas dos nazistas com um símbolo da suástica para que um malfeitor daquele tipo ficasse eternamente marcado por toda maldade que ele causou a outros. A ultima cena inclusive é a de Brad Pitt deixando sua marca no manipulador nazista Hans Landa.
    O filme é excelente, com narrativa dinamica além de atuações impactantes, o que nos leva a década de 40 e nos proporciona sentir o que se passava naquela época que fora um dos momentos mais marcantes da história da humanidade.

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  19. Bastardos Inglórios (2009) é um ótimo filme do talentoso Quentin Tarantino, que teve grandes repercussões desde sua estreia até os dias de hoje. Em síntese, o filme gira em torno de um de soldados judeus que 'caçavam' nazistas e da personagem central, uma moça judia que viu sua família ser dizimada pelos nazistas na segunda guerra mundial e tem sede de vingança. Após armar uma emboscada para os nazistas, os judeus assistem a morte, inclusive da figura de Hitler com cenas de violência explícita e exaltam um sentimento de prazer e justiça.
    O filme traz uma interessante reflexão do porque a violência praticada contra os nazistas é tão bem aceita, vista com bons olhos e desperta o sentimento justiça, envolvendo não só a violência pura, mas também questões de poder, racismo e ideologias, temas que foram muitas vezes debatidos em sala de aula. Por fim, também podemos refletir sobre a o que é moral em tempos de guerra, o que deve ser considerados imoral entre disputas e conflitos extremamente violentos.
    Eduardo Quintas
    RA 21014213

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  20. Julia Gouveia - RA 11037709
    Como características marcantes dos filmes do brilhante Tarantino, é marcado por bastante violência e trilha sonora marcante.
    O filme mostra um desfecho utópico para os acontecimentos da segunda guerra mundial, que leva o espectador a praticamente torcer para o final, dado que a história é conhecida de todos.
    Nem todas as análises do filme são boas.Alguns críticos colocam como "bobo" por recontar uma história tão séria de forma corriqueira, negando de certa forma o Holocausto. Houve ainda, quem comparasse a cena final do cinema a um crematório, entendendo assim que o diretor compara os nazistas ao judeus, pelo menos em relação a forma de eliminação.
    Eu particularmente aprecio a obra, apesar de concordar com alguns fatos. Como obra de ficção é um filme muito bom, porém pode levar a uma certa confusão histórica. Acredito que nesse sentido, uma história revisitada serve muito bem como entretenimento e, para de certa forma, amenizar as dores envolvidas no episódio. Entretanto, não tenho nenhuma ligação pessoal com a segunda guerra mundial e o holocausto (apesar de me interessar muito como objeto de estudo), portanto me não me considero apta a opinar nesse nível.

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  21. Julia Gouveia - RA 11037709
    Como características marcantes dos filmes do brilhante Tarantino, é marcado por bastante violência e trilha sonora marcante.
    O filme mostra um desfecho utópico para os acontecimentos da segunda guerra mundial, que leva o espectador a praticamente torcer para o final, dado que a história é conhecida de todos.
    Nem todas as análises do filme são boas.Alguns críticos colocam como "bobo" por recontar uma história tão séria de forma corriqueira, negando de certa forma o Holocausto. Houve ainda, quem comparasse a cena final do cinema a um crematório, entendendo assim que o diretor compara os nazistas ao judeus, pelo menos em relação a forma de eliminação.
    Eu particularmente aprecio a obra, apesar de concordar com alguns fatos. Como obra de ficção é um filme muito bom, porém pode levar a uma certa confusão histórica. Acredito que nesse sentido, uma história revisitada serve muito bem como entretenimento e, para de certa forma, amenizar as dores envolvidas no episódio. Entretanto, não tenho nenhuma ligação pessoal com a segunda guerra mundial e o holocausto (apesar de me interessar muito como objeto de estudo), portanto me não me considero apta a opinar nesse nível.

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  22. Bastardos Inglórios e simplesmente um dos melhore filmes de Quentin Tarantino,que retrata a época da segunda guerra mundial,um destaque para as atuações impecáveis de Brad Pitt e Cristoph Waltz(merecido Oscar de melhor ator) que interpretam,respectivamente,o tenente Aldo Raine e coronel Hans Landa da SS.O filme possui uma variedade cultural grande,tendo como idiomas falados: Inglês,francês,alemão e italiano.O filme e muito bom e tem as marcas de seu diretor,muita violência e sangue ino elabora um dialogo entre Pierre La Padite e o coronel Hans Landa na primeira cena do filme em que o espectador pensa: "que conversa e essa?" e logo percebe que ha algo de errado com aquela figura de bom moço do coronel da do filme ter uma historia muito boa com atores de ponta

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  23. Bastardos Inglórios é, assim como outros filmes de Tarantino, um relato de algo sério com uma violência praticamente caricata, a violência é explícita, tiros, sangue e escalpes estão presentes no filme que narra as atividades de um grupo conhecido como “Bastardos Inglórios” que une alemães, judeus, americanos e franceses com um único intuito: matar nazistas. A caricatura está bem presente no filme, não só na violência como nos próprios personagens, mas Tarantino se preocupa em deixar claro que tanto do lado dos nazistas, quanto do lado dos inglórios a violência é desmedida e muitas vezes inconsequente. A cultura do medo também está presente no filme, ao deixar nazistas vivos, o tenente Aldo se preocupa em deixar uma marca para distinguir os nazistas, quando esses tirarem seus uniformes, fazendo uma escarificação de suástica em suas testas, assim os nazistas sobreviventes passariam uma mensagem aos outros, no caso o medo de que tivessem medo de encontrar os bastardos inglórios.

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  25. Este filme do Tarantino traz a temática da violência explicitando muito sangue, cenas de cortes, amputações e decapitações, o grupo dos bastardos se utilizam da cultura do medo fazendo com que os sobreviventes transmitam ao povo alemão o que o grupo faz com nazistas. A violência é muitas vezes usadas sem pestanejar tanto pelos nazistas quanto pelos bastardos. O forma com o que o Coronel Hans intimida as pessoas mostra uma violência implícita pelo uso da farda e pela relação de poder. Quando Hitler morreu no filme me trouxe uma sensação de prazer, o extermínio de um mal de uma forma violenta me trouxe um senso de justiça e uma certa paz momentânea, tudo aquilo pareceu válido e justificado.

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  26. Uma perspectiva diferente da segunda guerra mundial, onde a cultura do medo é usada contra quem a prega. A violência praticada contra quem a pratica.
    Nesse filme Tarantino novamente explora a violência com maestria, com detalhes e muito sangue e retrata um tempo sombrio da história nos fazendo vibrar a cada nova atrocidade praticada pelo tenente Aldo Raine e seus subordinados contra os nazistas.
    Pensar que existiu um grupo que conseguiu impor medo ao regime nazista, e ver Hitler queimando é violento e ao mesmo tempo prazeroso.

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  27. Quem matou Hitler?
    Uma boa resposta seria Quentin Tarantino. Ele foi o responsável pela morte de Hitler no cinema e também em um cinema, e já que no cinema pode tudo, e esta foi uma grande sacada!

    Bastardos Inglórios, como todo filme de Tarantino, possui cenas de extrema violência. O interessante é a simpatia que o autor provoca nos expectadores, mesmo com todo sangue e violência explícita, e talvez isto se deva tanto por questões estéticas quanto pela bela construção de seus roteiros, pelas piadas e pelas atuações memoráveis.

    Matar nazistas é o objetivo principal dos Bastardos. Como pode o assassinato ser algo desejado por quem assiste o filme? Mas é justamente isso que move a trama, a vontade de dar cabo aos nazistas. Desta forma, creio que neste ponto se aplica a ideia de Benjamin sobre a "violência divina", de uma violência que vêm como justiça contra aqueles que praticaram um outro tipo de violência, a violência sem sentido, contra o niilismo do movimento nazista.

    Há um outro sentido ético na caçada dos Bastardos. Eles só matam nazistas, não saem matando civis a torto e a direito, como muito se vê em guerras. Eles possuem portanto uma "ética", um sentimento de vingança (divina?) que encontra seu ápice quando podem eliminar de uma vez todo o alto comando nazista e assim, por fim, a guerra que tantos males já causou.

    Para mim, portanto, Bastardos Inglórios é uma obra de arte, que faz piada com o nazismo e com a Segunda Guerra, porém na medida certa, e busca uma justiça simbólica, a nível do imaginário das pessoas, para este acontecimento tão trágico.

    ~ Gorlami ~

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  28. Como refletir acerca de um filme onde os protagonistas matam civis, com a justificativa de aniquilação dos nazistas? Como entender um relato crítico de Tarantino, tão conhecido por seus filmes, frente a violência que é escancarada em sangue na tela? Para ser sincero, já tinha algum conceito previamente formado através de tais perguntas que lancei inicialmente, mesmo antes de assistir ao filme, pois teria visto o trailer em algumas ocasiões triviais, fora de âmbito acadêmico. Não sei se o filme me interessou pelo elenco de destaque ou o eminente impulso de vingança, fixado num desejo de ódio aos nazistas, pela questão do poder que é relatada, ou até mesmo pela contemplação da tragédia em si, em meio as construções sádicas ao longo do filme; fato é que esse ‘prazer’ no sublime violento como ato de justiça do grupo Bastardos Inglórios, não é tido como uma atrocidade; na verdade parece haver uma atração ou concessão coletiva para a sequência dos fatos. A priori, independentemente do quão chocado o expectador possa ficar, se compara as violências praticadas pelos nazistas, a primeira violência intentada pelos Bastardos Inglórios é transformada como algo aceitável, por ter um cunho de justificável. Isso me remeteu ao processo de legitimação da violência em relação aos supostos desejos de sobrevivência do homem como motivação para o estopim da violência generalizada, sobretudo nas retaliações de guerra – nesse caso, contexto de 2º Guerra Mundial - , que chegamos a debater em sala por diversas vezes, no sentido da ‘vontade divina’ de Benjamim, como violência pura, etc. Achei interessante um aspecto de pluralidade que observei a partir de uma visão intrínseca do grupo principal, que seria formado por pessoas de nacionalidades distintas, incluindo alemães, em prol da eliminação dos cabeças da ideologia nazista. Recomendaria esse filme como passagem salutar nos cursos de filosofia de modo em geral, não apenas na questão da ética, mas sob outras aproximações, a saber oriundas de análise crítica, para a reflexão acerca dos questionamentos aqui ponderados.

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