Pode ser considerado a síntese e o ponto alto da trajetória da banda que procurou desde o primeiro álbum (Show no Mercy de 1983) conduzir o gênero Heavy Metal ao ápice do extremismo em peso e velocidade, ápice atingido com o lançamento de Reign in Blood em 1986. Em seu quarto disco, South of Heaven de 1988, a banda decidiu conscientemente abrandar os andamentos e incorporar um canto mais melódico. Seasons in the Abyss procurou retornar à velocidade de Reign in Blood sem perder a melodia do disco anterior e essa mescla resultou naquele que é considerado por muitos o grande clássico da banda (embora para muitos um tanto "comercial" demais). As vendas do álbum ultrapassaram um milhão de cópias só nos EUA. As letras não se resumem a temas escabrosos e satânicos, mas fazem referência a assuntos sociais e políticos. O tom apocalíptico reflete o espírito da época da guerra do golfo (2 de agosto de 1990 a 28 de fevereiro de 1991).
Confira uma tradução das letras em:
Difícil comentar sobre esse disco sem soltar um palavrão elogioso sobre o mesmo, mas vamos lá. Pessoalmente o melhor disco do Slayer, destacando-se a primeira e a última faixas do álbum. Os temas envolvendo polêmica religiosa, violência, juventude perdida, política, guerras etc, contextualizam o som pesado e agressivo das guitarras de Jeff e Kerry. War Ensemble já mostra o tipo de brinde aos ouvidos que receberemos, com riffs de guitarra ultra rápidos, power chords pausados como se fossem cada um uma pancada no corpo, solos caóticos e bateria em tempo respeitando uma progressão geométrica, tornaram essa faixa obrigatória nos shows do Slayer, muitas vezes abrindo os shows inclusive.O refrão de Dead Skin Mask nos deixa com aquele riff na cabeça até o fim do dia e Expendable Youth ainda é, infelizmente, muito atual mesmo quase 25 anos depois de seu lançamento. Os esqueletos da sociedade martelam o lado politizado da banda, cortando nossas pálpebras para aquilo decide nossos passos e ainda ignoramos. Seasons in The Abyss fecha o disco com uma introdução mais lenta e cadenciada, progredindo para o peso derradeiro, porradeiro, uma faixa honesta ao momento da banda, que buscou, com êxito, uma evolução em seus arranjos e execução instrumental, mas sem enterrar suas origens. Obra prima.
ResponderExcluirPessoalmente lembrei dos meus tempos de banda, toquei War Ensemble algumas vezes e "Seasons" mais tantas. Legal relembrar. Recentemente o guitarrisa Jeff Hanemann morreu vítima de uma picada de aranha que, antes do fato, praticamente lhe tirou um dos braços. A morte nesse caso, para um guitarrista, talvez foi o melhor ponto final.
O metal, por si só, eu já acho bem agressivo.
ResponderExcluiruma forma bem violenta de se expressar.
como não sei muito inglês tive que recorrer a traduções.
São letras extremamente pesadas e combinam muito bem com o instrumental.
As musicas falam bastante de morte e as coisas que estão envolvidas com ela, religião e politica.
a música que mais me chamou a atenção no álbum foi Expendable Youth.
mostra a juventude de uma forma crua, direta e sem massagem
Não era uma banda que eu escutava
mas o instrumental me impressionou muito.Vou procurar mais músicas deles.
O metal, por si só, eu já acho bem agressivo.
ResponderExcluiruma forma bem violenta de se expressar.
como não sei muito inglês tive que recorrer a traduções.
São letras extremamente pesadas e combinam muito bem com o instrumental.
As musicas falam bastante de morte e as coisas que estão envolvidas com ela, religião e politica.
a música que mais me chamou a atenção no álbum foi Expendable Youth.
mostra a juventude de uma forma crua, direta e sem massagem
Não era uma banda que eu escutava
mas o instrumental me impressionou muito.Vou procurar mais músicas deles.
Neste álbum a banda Slayer busca de maneira peculiar trazer a tona a discussão do que ocorria no mundo em meados do início da década de 1990, e de maneira singular obteve grande êxito ao descrever todo os aspectos sociais e políticos que emergiam principalmente da Guerra do Golfo.
ResponderExcluirNão sou apreciador deste gênero musical, então o que posso tentar analisar é a mensagem que a banda tentou passar através de suas canções.
A música "Temptation" foi a que mais me chamou atenção dentre todas, mais especificamente essa parte da música:
Have you ever danced with the devil?
His temptation ever summoned you
Ever penned your name in blood
Let possession slowly swallow you
When you stand under full moonlight
The attraction mesmerizes you
Have you ever wondered why
It seems that evil you're attracted to
Acredito que nessa parte o compositor quis expor a fragilidade humana a resistir àquilo que conscientemente sabemos que não é correto, mas mesmo assim cometemos este devaneio em busca de se opor as fragilidades decorrentes do nosso cotidiano. A insanidade é vista como a ruta de fuga da realidade e portanto o caminho a ser seguido para satisfazer seus anseios e sucumbir as suas fragilidades, pois a realidade é tão severa que a alternativa que nos resta é recorrer a a destruição da mesma.
Para mim foi um tanto complicado fazer um comentário sobre esta banda, principalmente porque não tenho muito conhecimento sobre suas obras anteriores e nem sobre a sua trajetória, pois não é um dos estilos musicais que mais ouço. No entanto, foi interessante ouvir algumas faixas deste álbum, em específico. O estilo musical da banda, por si só, já é bem agressivo, como já pontuado nos comentários anteriores. Ela já amedronta e, ao mesmo tempo, prende a atenção do ouvinte. Foi ainda mais interessante conhecer o conteúdo destas faixas musicais e sobre o que elas tratavam. A faixa que mais me chamou atenção, ao saber do que ela se tratava, foi a de nome “Expendable Youth” (“Juventude Descartável”). Pela minha análise, ela trata sobre os jovens que, já por nascerem no cenário atual dentro do sistema capitalista vigente, já se encontram violentados por esta situação. Mesmo dentro de casa, no seu jardim já tem uma guerra, ou seja, a um passo fora do seu lugar seguro, os jovens já estão sujeitos a todo esse sistema e a violência carregada por ele, que traz consigo as tentações como as drogas e armas, culminando em mais homicídios e jovens perdidos. Fiquei intrigada quando, em uma das frases desta música, eles afirmam que as drogas trouxeram a guerra, o que exatamente o que a Professora Alessandra, especialista no estudo sobre a organização do PCC, também afirma, pois é o tráfico quem comanda o sistema e a violência gerada em nossa país e que, para quebrar esta engrenagem, tem que quebrar o tráfico, mas que isso não será duradouro, pois em algum momento irá surgir um novo combustível que irá alimentar este sistema violento novamente. Gostei muito de conseguir fazer essa assimilação, em minha opinião, tanto com as opiniões da banda quanto da professora. Por fim, eu gostei muito do álbum, apesar de ter sido um pouco difícil para mim ouví-lo na sua íntegra porque o estilo musical é bem agressivo, mas foi ainda mais intrigante saber o conteúdo destas músicas e o quanto elas retratam sobre os problemas sociais, políticos e, ouso dizer, até econômicos, pois é um sistema econômico como o capitalista que movimenta a sociedade, que estão presentes no mundo inteiro, independente do sistema ou da cultura, é uma situação do ser humano em geral.
ResponderExcluirEm Seasons in the Abyss lançado em 9 de Outubro de 1990, Slayer realmente mostra um tom apocaliptico da guerra que ocorria na época. Nas letras podemos notar uma visão religiosa, entretanto em sua maioria com reflexão ao mal, muitas vezes na figura do satanismo e até em um serial killer (DEAD SKIN MASK) que, dominado pelos mortos, perde o controle daquilo que consideramos normal. É interessante notar que mesmo para uma banda californiana, citar uma juventude (EXPENDABLE YOUTH) como descartável e que luta por posses de forma obcessiva com a violencia como amiga, pode ser considerada uma surpresa, considerando que essa musica não foi feita em uma periferia paulista. De uma forma geral as outras letras retratam sempre o individuo e sua luta constante contra suas ideias e valores. O sangue, a morte, o demonio e o mal são sempre vistos como uma linha entre o que consideramos normal e a insanidade completa.
ResponderExcluirO álbum Seasons in the Abyss ficou marcado pois nele, o Slayer tentou refinar sua sonoridade, com King mesclando riffs e solos de pura velocidade, típicos de Reign in Blood, com músicas mais melódicas, ainda sem perder a batida registrada da banda, ainda com Dave Lombardo conduzindo uma bateria frenética.
ResponderExcluirOutra mudança dramática que Slayer fez foi nas letras. Até esse álbum, as letras da banda eram focadas em temas satânicos, um tema que muitos leigos do gênero musical associam com heavy metal em geral. Parece que o Slayer queria quebrar esse estereótipo, pois os temas das músicas fogem do satanismo e giram em torno de outros assuntos, como guerras, insanidade, assassinato, gangues e a fraqueza do ser humano, entre outros temas que abordam problemas sociais, geradores de violência ou decorrentes dessa. Esses temas não são novidades para músicas da banda, pois podem ser encontrados em outros álbuns. No entanto, “Seasons of the Abyss” é o primeiro álbum onde sente-se uma falta da palavra “Satã”, o que antes era uma marca registrada da banda, e que contribuiu para que ela se tornasse famosa, causando rebuliço nas sociedades ocidentais devido ao tema das músicas.
Eu particularmente não tinha escutado músicas do Slayer anteriormente, embora tivesse conhecimento que no estilo musical deles, o assunto morte com requintes de crueldade, até certo ponto absurdas, considerando as riquezas de detalhes apresentadas, seja algo muito normal e natural. Esta vertente do rock também é chamada de Death Metal.
ResponderExcluirEu particularmente, vejo em suas letras a exposição de algo as vezes inimaginável, em que considerando os requintes de crueldade existente, talvez possamos tentar associar aos sentimentos que as pessoas que foram vítimas da bomba atômica na segunda guerra mundial, os judeus no Holocausto ou que as vítimas do Estado Islâmico sentiram no momento da sua morte. Algo muito cruel, extremamente violento, em que as letras do Slayer classificam como algo apocalíptico, que transcende além da própria morte, conforme as suas letras. Ou seja, não basta a morte violenta, mas sim saber que além da morte, algo muito tenebroso e horripilante aguarda as pessoas para a sua eternidade ou até a sua ressurreição.
Quanto a sonoridade, entendo os riffs de guitarra aliados a uma bateria pesada e uma voz alta e rouca, seja a forma mais enfática e condizente para expor algo violento e agressivo para a sociedade.
Claro que isso tudo não deixa de ser agressivo as pessoas, principalmente àquelas que jamais se permitiriam ouvir letras com tamanha violência aliadas ao estilo musical tão forte e marcante como o Death Metal.
Acho uma forma muito válida de chamar a atenção das pessoas quanto ao tema violência, por mais que alguns aspectos possam parecer surreais, mas que não temos como qualificar com exatidão, até porque o cenário de morte continuamente descrito somente poderia ser descrito quanto a sua possibilidade por alguém que "já morreu". Para quem gosta da sonoridade pode aproveitar para se entreter e agora sabendo do conteúdo descrito neste álbum, não deixa de ser algo que mexa e provoque a imaginação das pessoas que escutam as músicas e sabendo do conteúdo das letras, , quanto a qual é a inspiração que motivou a eles a terem escrito em seus álbuns anteriores e terem mantido isso no álbum Seasons in the Abyss.
Este albúm do Slayer mostra um certo apelo pela violência e um prazer da banda em demostrar a crítica dessa forma, expõe todo o mal da sociedade e a fragilidade do ser humano, como temos dificuldade de encarar a verdade da vida, a crueldade do modo em que vivemos hoje em dia. A banda sempre teve uma postura interessante quando criticada por suas letras satânicas e violentas, sempre reagiram a isso adotando cada vez mais essa alegoria e batendo de frente contra a religião e o modo que vivemos, a música tema do álbum pra mim, resume toda a crítica a fraqueza do ser humano e como eles tratam a cerca do tema
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ResponderExcluirSlayer é uma banda de trash metal que ficou conhecida por ser julgada satanica, as letras e o visual da banda sugerem uma agressividade e as críticas chegaram a banda de maneira destrutiva. Seasons In the abyss é uma resposta as críticas, a banda mostra a violência e agressividade pela qual é conhecida tratando de problemas cotidianos, violência, guerra, preconceitos, desigualdade e não de maneira e faz quase uma sátira ao fato de ser conhecida como satanica.